segunda-feira, 24 de novembro de 2008
cof, cof, cof
Woody Allen também. Pode ser um pouco menor do que os grandes clássicos, como afirmam as críticas, mas é sempre Woody Allen. Pode ser aquém do que já foi, mas as frases de efeitos e as tiradas são únicas de Woody Allen. Vick Cristina Barcelona pode ter passado um provicianismo em relação a Barcelona, pedia uma narrativa estética mais engajada, mas, só sei que os meus olhos não piscavam. De subjetividades implícitas, pedindo reflexões, tentando se espelhar em algumas das personagens, desmitificando o espectro de homem a príncipio todo poderoso e satisfazendo as condutas excessivas, impulsivas, sonhadoras e racional das mulheres. Personagens paradoxais, retratos de universos que parecem distindos se não fossem tão mesclados. Histórias não concluídas, sempre em metamorfose, que surpreende, porque nada é para sempre, e o ser humano sempre quer mais, quer se renovar. Vale a pena assistir Vick Cristina Barcelona, como todos os seus clássicos.
sábado, 6 de setembro de 2008
"A hora do sim, é o descuido do não"
Não sei se é por gostar de política que ainda me comovo. Até me empolgo e acredito. Mas só vejo desacreditados. Firmes desacreditados naquilo que chamam de política. Daqueles que preferem abstrair. E eu, como passional que sou, tento não admitir, no meu tom que tenta ser mais que imperativo. Do palanque de palhaços, alguns são menos. Somos obrigados a votar, então, temos que nos obrigar a acreditar que, dali, tem um melhor. Que, dentre tantas as oportunidades desviantes que o poder lhe oferece, este vai pensar menos em interesses pessoais, grupais, seja o que for. Não sei se é por gostar tanto do meu país, ou se sou tão otimista como meu signo me credita, ou se ainda não deixei morrer minhas utopias juvenis, estumuladas por outras épocas. Sei que estamos aqui para pensar no que é maioral, o bem comum, porque só assim desfrutaremos do bem estar social. Um voto que pareça irrisório talvez possa mudar a história, e isso não é drama, visto o que já passou. É mesmo só participando com coerência e ética que se faz cidadão. E isso tem importância. Não só para mim.
PS: Leitura obrigatória, Carta Capital. Aqui, um artigo por Mino Carta.
A gente nem sabe que males se apronta
domingo, 17 de agosto de 2008
Loucos por Olímpiadas
sábado, 9 de agosto de 2008
Não mais porquês.
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Que é de todos...
Visto de cima, uma imensidão de concreto...casas, prédios, muitos. Não vejo o fim. O verde da mata colore e serve como área de respiro. A famosa selva de pedra brasileira, de cores sóbrias, da sua forma, encanta. Encontro São Paulo, pela primeira vez, é verdade. E com os meus olhos, tento explorá-la. Ela, que nos meus pensamentos recentes, será minha breve morada.
Silêncio, saudade, soluço, selênio
A nau permanece mesmo quando vai
Secreta se curva, dá a gota, se agita
Se eleva no ar, resplandece e cai
- A Nave Interior - Zé Ramalho
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Depois de quase três meses....sim, Cannes!
domingo, 20 de julho de 2008
Em qualquer lugar, quem manda é Dantas. Será mesmo só o começo?
Por meio de representaçõs policiais, noticia-se que as atividades dos envolvidos voltar-se-iam ao cometimento de delitos de quadrilha ou bando contra o sistema financeiro nacional, contra o mercado de capitais, de tráfico de influências e eventualmente lavagem de valores, com auxílio de alguns representantes dos meios de comunicação para veiculares informações com o objetivo de distorcer a realidade e franquear resultados favoráveis a seus interesses, despacho do juíz Fausto de Sanctis, que autorizou a prisão de DD, Nahas,e mais ou 20 acusados.
Beleza, muita gente com rabo preso. Os boatos são que as verdades das investigações são capazes de parar o país. O poder de Daniel Dantas já pode ser percebido, pelas suas próprias declarações, constatada por escutas. Especialmente no episódio em que dois de seus comparsas tentaram subornar o delegado Victor Hugo Alves, " a preocupação de Dantas seria apenas com o processo na primeira instância, uma vez que no Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal ele resolveria tudo com facilidade", dizia um deles.
O esquema, segundo informações colhidas pela Carta Capital, é a própria alma das relações entre política, altas finanças e interesses privados impublicáveis. Ainda sobre a revista, Dantas construiu, da metade dos anos 90 para cá, uma estrutura de poder que buscava influenciar a Justiça, os meios de comunicação e corromper autoridades.
São várias as provas expostas pela revista que sustentam o poderio da quadrilha: a proibição da abertura dos disco rígidos dos computadores coletados pela PF, veto dado pela ministra do Supremo, Ellen Gracie; o patrocínio de 40 milhões no esquema intitulado mensalão; o repasse de um dossiê publicado pela revista VEJA, em 2006, com informações reconhecidamente falsas (investigadas pela PF), na qual acusava Lula de manter uma conta de 38,5 mil dólares (fora os outros ministros da época), etc, etc e etc... (leiam mais na CC)
Adestrado pelo falecido Antônio Carlos Magalhães, Dantas aprendeu direitinho. A repercussão é o que surpreende. Pelos programas que tenho visto, especialmente na Globo News, com participação de ex-ministros do supremo, filósofos, cientistas políticos, economistas de calão, nada deveria ser o que é. Ninguém discute a importância da operação, as consequências que virão a ter, o que muda no cenário político. O alto índice de aprovação do povo pelo trabalho da PF, é dito de forma pejorativa ('pq os pobres gostam de ver algemados os de colarinhos brancos'). Ah, não é pra gostar? A 'Justiça' não pode ser, nem na 1° instância, comemorada? O império da lei é subordinado explicitamente por interesses não mais obscuro. A comprovada corrupção não é reprimida, já é normal. O que está sendo relevante de tudo isso, me parece o banal: o uso de algemas, o abuso de poder. Não discordo da merecedora discussão, mas o prioritário, no momento, é o que levou à questão, a investigação de quase quatro anos em torno da quadrilha de DD e Naji Nahas. Critérios jornalísticos.
sábado, 12 de julho de 2008
As velinhas do Rock'n Roll!!!!!
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Para quem precisa...um bom estímulo...
Circular: “Que conselhos você daria para alguém que está começando no jornalismo?
Encontrado no Blog: Desculpe a Poeira
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Rá, tá!
Os fiés argumentam que as reivindicações são recomendações da Bíblia, etc e tal. Que, assim como condenam o adultério, o fazem também com a orientação sexual. Como mentores da manifestação, eles mesmos, Marcelo Crivella, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus; e seu tio, fundador da entidade, Edir Macedo. A reivindicação principal é a falta de liberdade de culto, fé e opinião.
A guerra de versículos serve para sustentar interpretações contrárias. Não convence. Antes de ser um confronto de convicções religiosas, a alteração no projeto é luta pelo direito à vida. Frente a tantos casos recentes com explicações obscuras de atentatos homófobicos, como exemplo os sargentos assumidamente 'gays' presos em Brasília, o projeto deve vigorar para proteger.
Alguns dados mostram o quão é indispensável. No Brasil, a cada três dias, um homossexual é morto, segundo o Grupo Gay da Bahia. Em 2007, a Bahia conseguiu a proeza de ser o estado mais violento no mesmo crime. E o Nordeste, mais uma vez ganha o pódio de região de maior perigo para os homossexuais.
Criminalizar ofensores não é dissipar a homossexualidade. Pensar assim, soa a ignorância. Despejar asneiras peconceituosas dizendo ser mando de Deus é exploração. Lutar pela liberdade de humilhar o próximo como pecador, é sentir-se santo, livre de ser atingido por qualquer pedra. Prezo para que as oportunidades sejam cada vez mais expandidas a todos para livrar-nos de tais manipulações.
“Daqui a pouco vão fazer sexo debaixo das nossas janelas e não poderemos dizer nada, porque será discriminação, será crime”, protestou o senador e pastor Magno Malta (PR-ES.
"Os homossexuais também têm de aprender a lidar com a diferença de pensamento e opinião. O Estado não pode se meter na religião. Caso esse projeto vire lei, o pastor homossexual não vai poder ser demitido. Os professores dos institutos bíblicos e das escolas dominicais também não, porque têm vínculo empregatício”, Marcelo Crivella (PRB-RJ)
"Infelizmente alguns religiosos utilizam discurso político para tentar ludibriar as pessoas crentes e tementes a Deus. Há que se observar aí mais uma postura de intolerância, pois em qualquer religião há diversidade dos seres humanos", Fátima Cleide (PT-RO), relatora do projeto.
“Estão criando fatos para convencer a todos de que queremos criar uma lei da mordaça. Não é verdade”, coordenador-executivo da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Igo Martini.
"Nada foi descartado. Estamos em fase de conversação e queremos continuar conversando", Ivair Augusto dos Santos, assessor da Secretaria Especial de Direitos Humanos.
Fontes de Pesquisa:
www.congressoemfoco.ig.com.br/Noticia.aspx?id=19542
www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u416125.shtml
www.adiberj.org/modules/news/article.php?storyid=687
sexta-feira, 20 de junho de 2008
O Vilarejo de Marisa Monte
Você gosta de um cantor, escuta várias de suas músicas, mas, sempre tem aquela que você vai fica triste quando está terminando, e a recomeça, inúmeras vezes. Assim, ainda, acontece com Vilarejo, música do albúm Infinito Particular, da cantora Marisa Monte. Foi o primeiro 'single' do cd. Hoje, na tentativa de mais uma vez escutá-la, resolvi o fazer por outros meios, e recorri ao amigo Youtube. Me surpreendi. Ou seja, mais uma vez, adorei. Confesso que me atrasei. A melodia, tão bucólica, lírica,clássica, nas minhas interpretações, só me fazia pensar em cenários como fazendas, campos e afins. Um tanto óbvio, mas faz parte. Sempre me dava serenidade e, ao mesmo tempo, força. É daquelas canções que faz bem para alma. O clipe, de técnica simplória, porém, de impacto forte, contextualiza e complementa, a partir de imagens de noticiários de jornais.
Marisa é Marisa porque sempre vai além.
Bons festejos juninos!
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Propósitos inversos
Na melhor das hipóteses, é incompreensível. Se apenas saber escrever for sinônimo de credibilidade, vamos consumir os vômitos despejados por Diogo Mainardi ou Arnaldo Jarbor sem pestanejar. Para o devido crédito, o jornalista se baseia em princípios, que é acompanhado de técnicas. Como descartar a capacitação de profissionais que lidam com o poder da política, com investigação, com polícia, situações imprevistas, e constante pressão? Como abolir toda a base teórica de quem está em contato intenso e diário com o ser-humano?
Descartar a importância do diploma é desmerecer as teorias da comunicação, do jornalismo, a semiótica, a antropologia, a sociologia, as pesquisas científicas, a filosofia. É esquecer a história. O legado serve de estudo, e o estudo é aprendizado, compreensão e análise.
Sei que na teoria as coisas são simplificadas. Mas, quem passou quatro anos em curso, tem que defender seu espaço que é de direito. Uma profissão, que dizem ser o quarto poder, não deve ser tão fácil assim. A ética é um princípio nato, mas também pode ser apreendido. E o jornalismo, bem antes do status e do jogo de interesses, significa responsabilidade social. Então, não basta apenas saber escrever.
No primeiro semestre, quando aprendemos quais as funções do jornalista, uma delas, particulamente, me apavorou. Se você não reconhece o que pode ser notícia, você não possui o 'faro jornalístico'. Parece besteira, mas ir atrás de pauta requer sensibilidade, é olhar para os lados, duvidar do que vê para tentar compreender. Desprezar os preconceitos para conhecer o que está em nossa volta. É agir para melhorar, denunciar, tranformar. Aprendemos a importância fundamental da apuração. E que histórias não possuem apenas dois lados! Desmitificar a objetividade ao perceber que não existem fatos, mas versões da realidade.
A tendência deveria ser evoluir, não regredir. As irresponsabilidades jornalísticas podem ser irreversíveis, vide tantos exemplos. Por isso, não entendo a falta de união numa luta que deveria ser conjunta.
terça-feira, 10 de junho de 2008
Curta o Curta: Gagged in Brazil
O documentário, produzido pelo brasileiro Daniel Florêncio, para a Current TV, mostra parte da 'realidade' controlada pelas empresas midiáticas brasileiras. No caso, as interferências do governo de Minas Gerais, presentificada pelo governador Aécio Neves, na Rede Globo e no Estado de Minas, maior jornal do Estado. O video já foi transmitido na Inglaterra e nos EUA. Em maio, estreou no Reino Unido e na Irlanda. No Brasil, é logico, só mesmo no Youtube. Vale a pena divulgar!
terça-feira, 3 de junho de 2008
Uma saída, por favor.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Pejorativo Acostumar
Sócrates - Por fim, suponho eu, será o sol, e não as suas imagens refletidas nas águas ou em qualquer outra coisa, mas o próprio Sol, no seu verdadeiro lugar, que poderá ver e contemplar tal qual é.
Glauco - Necessariamente.
Sócrates - Depois disso, poderá concluir, a respeito do Sol, que é ele que faz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível e que, de certa maneira, é a causa de tudo o que ele via com os seus companheiros, na caverna.
Glauco - É evidente que chegará a essa conclusão.
Sócrates - Ora, lembrando-se de sua primeira morada, da sabedoria que aí se professa e daqueles que foram seus companheiros de cativeiro, não achas que se alegrará com a mudança e lamentará os que lá ficaram?
Glauco - Sim, com certeza Sócrates. }
domingo, 25 de maio de 2008
(...) ... (...)
Sem motivos nem porquês. É só vontade.
Descarga.
Sobre sinônimos...
"Esses que pensam que existem sinônimos, desconfio que não sabem distinguir as diferentes nuanças de uma cor".
Mario Quintana
Ok, Ok, Ok...
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Muita comida, sem indigestão.
Estômago, o filme.
sábado, 17 de maio de 2008
68 por 2008
segunda-feira, 12 de maio de 2008
sequências e consequências
Muitas vezes, é até ingrato e egoísta.
Mas, c'est la vie! Não tem como não ser.
Incrivelmente, é o que move.
PS: Estou vendo o Jornal Nacional, e o CASO ISABELA ainda 'pentelha' meu ouvido! Os critérios de noticiabilidade colocaram ele no ar, ok. Mas, quais são os critérios que irão tirá-lo?
As pautas clamam por tregédia, urgente! Só assim...
"...um chá pra curar essa azia...um bom chá pra curar essa azia..."
sexta-feira, 9 de maio de 2008
"O mundo é BÃO, Sebastião..."
Claro que todos são notícias, todos são extraordinários. Alguns, de tão surreais, dariam um bom roteiro de filme de terror. Porém, o jornalismo pula a barreira do limite da notícia e transforma cada caso num novo escândalo. E é o tal escândalo que se presentifica na conversa de todos. Mas, que escândalo é esse?
***
Por exemplo....Só por que Ronaldo é o fenômeno, não pode sair com travesti? Só por que é fenômeno não pode 'pegar' a traveca da rua, tem sempre que encarar as belezas estonteantes? Não pode ir num motel de quinta porque é cheio da 'bufunfa'?
Mas, ele é o que vende?
É mais lucrativo ter um personagem a ser quem é. Admitir pensamentos, desejos. Com contratos milionários não se brinca. Compreensivo, mas questionador. Pedir desculpas para a sociedade por ter liberado seu lado B? Ele, por acaso, perdeu algum pênalti? Enfim...
(Romário, definitivamente, só tem um).
***
O mais midiático, o caso Isabela. Um crime brutal, incoerente, até inadimissível. Realmente. O pai e a madrasta são os principais suspeitos. Como explicar? Porém, o limite é sempre preciso. Principalmente para uma exímia investigação. São tantos os detalhes, dúvidas e mistérios.Foram tantos os erros, precipitações e, pior, as não-precipitações. A cada dia, a polícia é obrigada a dar uma resposta para a sociedade, que está ávida, revoltada, indignada.
Como não? Se a cobertura alimenta a curiosidade dos brasileiros desocupados? Curiosidade mórbida, que pauta a imprensa, que a-d-o-r-a aumentar a audiência ou tiragem do jornal/revista, mesmo pecando na responsabilidade, mesmo se degredando com o sensacionalismo. É quase uma novela, porém, mais intensa e cansativa. Soube que a transmissão do jogo do São Paulo x Nacional, ao vivo, na Rede Globo, foi invadida para mostrar o casal sendo preso. Nesse intervalo, Ó o gol de Adriano.
Ahhhhhh se fosse a torcida do Corinthias...
***
Enquanto isso, nada mudou. Crimes hediondos, e tantos outros, continuam. Para os que pretendem praticar coisa parecida (não levem isso em consideração!), só por gostarem de chamar atenção, esses terão que se esforçar! Com tanto monopólio, os outros crimes cotidianos, hoje, nem espaço tem. Só se, por acaso, surgir algum macabramente pior ou se, quem sabe, os envolvidos fossem famosos, sei lá...
Ah, e Ronaldo, se quiser, continuará a repetir sua aventura. Logicamente, da próxima, tomará mais cuidado. Quem sabe contratará um assessor para os momentos de carência e loucura...trauma é trauma!
A imprensa, sem deixar de noticiar e acompanhar o desenrolar dos fatos, deveria rever conceitos, relembrar fatos passados e se auto-conscientizar.
*Obs: Tudo bem que eu falo de fora. Mas não deixo de teorizar conselhos quando é preciso.
***
"O que será que será(...)
O que não tem certeza nem nunca terá
O que não tem conserto nem nunca terá
O que não tem tamanho
(...)
O que não tem decência nem nunca terá
O que não tem censura nem nunca terá
O que não faz sentido
(...)
O que não tem governo nem nunca terá
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem juízo"
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Da declaração à situação...cadê a SOLUÇÃO?
Os estudantes boicotaram o Enade, tá certo. Justifica o resultado. Porém, talvez também tenha sido uma reinvindicação alternativa. Duas, aliás: tanto em relação à estrutura universitária local, quanto ao próprio método de avaliação no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes.
Mais do que o motivo, o que repercutiu foi o discurso do então coordenador do curso, Antonio Dantas, de 69 anos. Sua declaração, nua e crua, é preconceituosa e, acima de todos os preconceitos, é racista. Dantas, em entrevista concedida para a Band FM, considera que a Bahia, apesar da riqueza da beleza natural, não possui desenvolvimento intelectual e tecnológico, por conta das influências culturais. Faz comparações com outras cidades do sudeste e sul do país, que conviveram com imigrações japonesa, alemã, italiana, etc...Por isso, segundo ele, lá, a realidade é crescente, não é 'estagnada', como aqui.
Se a redução de vagas for mesmo solução emergencial, eu não sei sonhadores, desistam de sonhar. O que era quase impossível, se tornará inimaginável. Não acho que seja exagero.
Também não quero ser cruel.
sábado, 3 de maio de 2008
Paradoxos mundanos
Mas, quem sabe as rotulações possam ser explicadas?
Semestre passado, eu e Tati Porto, parceira e amiga, colocamos em prática nosso trabalho de conclusão de curso, um documentário. A proposta é a esse raciocínio. Tentamos humanizar a figura da garota de programa, retratá-las como mulheres, como nós, com suas semelhanças e diferenças. Para sustentar essa idéia teórica, na prática priorizamos os aspectos pessoais ao invés dos profissionais. No projeto, defendemos a causa da prostituição voluntária.
Ainda assim, será que estamos livres de pre-conceitos?
Os estigmas são culturais, formulados para regrar a sociedade, moldar um povo, estabelecer padrões, que devem ser seguidos. É impor moral...a relativa moral! A situação hoje se modifica (??) Tempos atrás, as normas eram estabelecidas pelo alto escalão da sociedade, principalmente a igreja, que ditava o que era certo e errado. Agora, há mais liberdade. Você tem sua 'filosofia' de vida e pode expô-la se quiser. Você tem o direito de reinvindicar causas, formar associações...pode gritar, escrever, falar. Pode ser taxado também, mas agora você não dá mais tanta importância.
Acho que o espaço foi ampliado. Os políticos ditam regras, fazem leis. A televisão faz o mesmo, estabelece padrões. A imprensa, pauta o que se deve discutir (o caso Isabela é o exemplo "vivo"). Aí chegam os artistas para quebrar os tais conceitos, para o bem ou para o mal! Tá certo, eles sempre existiram. A arte sempre contra-ataca o que é esteriotipado. Arte é arte.
E as igreja, religiões, e afins? O tempo passa e a realidade só dá uma repaginada. Elas continuam com o poder, porém, mais implícito. Melhor dizer, camuflado. A manipulação continua. Novas religiões, novos fiéis, novos esteriótipos, novos paradigmas. A proliferação das igrejas evangélicas é cada vez mais potencializada. A verdade absoluta cada vez mais dissipada. Regras seguidas com fervor. Opiniões imbátives. A Record, o novo império. Cheio da grana. O poder, o poder, o poder!
Verdades absolutas são sempre preconceituosas. Num mundo de tantas culturas, realidades, ideias e ideais, não dá para ser tão fundamentalista. Poderia até aceitar, já que cada um tem livre arbítrio, mas ainda sou cidadã desse mundo e me incomodo. Para quem começou falando de julgamentos, eu acabei super bem.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Dessa vez, o assunto é moda!
Sábado recente, 25.04.
Dream Tour Fashion. Lá estava, com Thata, companheira de trabalho. Chegamos cedo, pensando estarmos atrasadas. Que nada. Direto para a área de imprensa. À primeira vista, parecíamos estar num desfile da colcci, na espera do show de Felipe Dylon, como bem comentamos. Não precisa dizer o porquê.
Exagero da nossa parte!
Resumindo: A idéia do evento é percorrer as capitais do país, descobrir novas modelos, e democratizar a moda, a partir da coleção de lingeries de Tufi Duek, estilista da Forúm.
Após mais de uma hora, começa. Na tentativa de distrair o público, a banda Yo! 'Caras e bocas' se contorciam, também pudera. Não vou falar das vozes inexpressivas, da aparente falta de sintonia, da percepção de uma banda fabricada. Dentre risos, Thata faz um comentário oportuno: "Quem curte mesmo música, não faz cover!" Concordei. (apesar de achar que as exceções existem: covers de Raul S., Renato R., e tantos outros estão aí, são os covers por idolatria!).
Parênteses à parte, o evento continua. Para minha surpresa, uma entrevista coletiva, mediada pela apresentadora Adriana Gott. Como convidados, alguns nomes consagrados do cenário da moda: David Pollac, stylist, 16 anos de carreira. Sua última saga foi desenhar roupa vestida por Sarah Jessica Parker, no 'Sex in the City'. A figura da noite, Glória Coelho, a 'mestre das agulhas', como foi citada. O tal do Fernando Lousa, fotográfo, pioneiro na cobertura de moda. Mônica Serino, diretora de redação da revista feminina Marie Claire. Roberta Marzolla, 20 anos como diretora de desfiles. E Eli Hadid, diretor da Mega Models e idealizador do evento.
Sim, chamei Glória Coelho de figura. Poderia estender para louca se quiserem. Ok, não sou chata. Eu adorei a maluca. O 'visú' já denunciava a tendência surrealista. Um vestido preto, extravagante, de renda. Enfatizem o extravagante, por favor. Ela desconsiderou o calor infernal de Salvador, com certeza!
As perguntas rolavam. Em todas, Glória comicamente metia o bedelho. Sobre aquela velha pergunta: Quem são as mais bonitas, as brasileiras ou as gringas?'. Resposta da Glória: "As brasileiras, que por causa da Globo, tem sexo na veia. As modelos brasileiras são felizes por nada. Pelo sol, pelas ruas, pelas estrelas", viajava.
Mais questionamentos: O photoshop faz milagre? Segundo Fernando Lousa, não. O recurso, para ele, veio para acrescentar. "Se a foto é ruim, não ficará maravilhosa. Mas, se a foto for ótima, ficará melhor ainda".
No meu ponto de vista, o mais interessante, a democratização da moda. É notório que as novidades em relação à moda não páram. A televisão colabora. Quem quiser, que acompanhe. Normal. Daí, saem dois aspectos. Um: quem tem o poder de impor o que será usado?
Para as convidadas, é uma troca. A rua estimula a criação e, ao mesmo tempo, os novos modelos são lançados para a sociedade. Será? "Na rua, o povo é muito espontâneo, o povo dá outras idéias à moda", diz Glória, dessa vez, contida. Para Lousa, o moda é um ciclo: "criação, recriação, interpretação, reinterpretação"...e por aí vai.
O aspecto número dois, sempre importante: as dicas. Será que tudo que é lançado pode ser usado por qualquer pessoa? A resposta é não. Um NÃO bem grande. Questão de bom senso. Mônica diz que o segredo é descobrir qual é o seu estilo. E isso é o mais difícil, significa se conhecer. "Se a roupa não fala quem você é, se não valoriza seu corpo, seu rosto, não adianta vestir as roupas mais maravilhosas, não vai ficar bem". A idéia, segundo a jornalista especializada no ramo, é investir em peças chaves, misturar peças caras com baratas.
Tá aí.
Espero que seja útil.
A seguir, o desfile: maravilhoso!!! Lindas modelos, lingeries nem se falam. Ao som daquele, que mistura rap com samba. Nada menos que Marcelo D2, com toda sua graça, simpatia, carisma (...) e cervejinha.
PS: Desculpem a falta de mais fotos. Uma pena.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
A lendária Coca-Cola
A publicidade é 'a alma do negócio'???? Acho que sim. Não sei quem lançou essa tão famosa frase, mas, a partir de hoje, penso que foi inspirada na trajetória da Coca-Cola.
Sempre me surpreendi com suas campanhas publicitárias. Para a minha modesta, ou melhor, semi-leiga opinião, tais propagandas são as mais impactante e emocionante. Não é à toa.
Ahhh, a propaganda! Ahhh, a cultura! Fabricaram um hábito, um refrigerante incomparavelmente desejado; e consumidores viciados, conhecidos como 'cocolátras'. Eu, conheço três adoráveis fanáticas!
Alguns slogans: "Isso faz bem" - tema por 14 anos; "A pausa que refresca" - 1940; "Isso faz um Bem" - 1959 ; "Tudo vai Melhor com..." - 1966; "Emoção Pra Valer" - 1989; "Sempre Coca-Cola" - 1993; "Gostoso é Viver!"- 2001.
Quanta inteligência, quanta criatividade! Os publicitários deveriam ser, desde os primórdios, alunos dos mais dedicados, principalmente das aulas de semiótica. A construção de sentido fez efeito. A principal concorrente, a Pepsi, vejo pouco falar.
*Sobre os acidentes mortíferos, as experiências explosivas, fica pra próxima!
Fontes: http://jipemania.com/coke/historia_coca_cola_br.htm
http://blog.uncovering.org/archives/2008/04/evolucao_da_garrafa.html
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Quase sinônimos!
Há tempos podia dizer que as adversidades da minha vida foram frutos de acomodação. Queria, continuava querendo, mas não agia. De que adiantava?
Noutras vezes, as adversidades continuaram. Queria, continuava querendo, e insistia. Mas não adiantou.
A partir daí, pude concretizar o entendimento do que seria de fato essa diferença. Quanto a se acomodar, não precisa nem falar. Sobre aceitar, às vezes, é a única solução.
Já cantava Los Hermanos... "(...) é que a sorte é preciso tirar pra ter...perigo é eu me esconder em você..."
Percebi que, nos tempos atuais, para simplificar a vida de todos, o inteligente é ser racional.
Segundo as pessoas, de tudo, principalmente do que foi negativo, você tira lições.
Até concordo, mas é uma conclusão conformista. A "verdade" é que é perda de tempo.
PS: Não deixo de ser otimista. Jamais.
terça-feira, 22 de abril de 2008
O tal 'Caso Comum'
Como hipótese, minha teoria sobre 'caso comum' é apenas suposição. Sem muito pensar, escrevi. Acredito que todos os momentos, de alguma forma, são compartilhados. Muitas vezes, sem nem perceber, você está sendo observado. (Que terrorismo!) Nos acasos, o 'caso' não é mais só seu.
Porém, neste 'caso', a prática é positiva. A idéia é dividir momentos, sensações, experiências, percepções. É ter a libertade de escrever e, mais uma vez, compartilhar. E o melhor: de graça. Uma revolução!
* Há desdobramentos, já 'comuns' nas discussões contemporâneas. Um 'caso': a falta de privacidade. Ao mesmo tempo mais protegidos, mais vigiados... (Perigo: Será o dado momento uma adaptação do "Grande Irmão"?)
A sorte: estamos em tempos modernos, na era da democracia.
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Ampliação do espaço estreito
Depois de tanto tempo consumidora de blogs, eis aqui, eu.
Mais uma dentre muitos. Um tanto aliviada.
"Escreveria sobre isso se tivesse um blog", quantas vezes pensei.
Parece que hoje a vontade surtiu efeito. Às vezes acontece.
" eu quero um samba pra me aquecer
quero algo pra beber, quero você
peça tudo que quiser
quantos sambas agüentar dançar
mas não esqueça do seu trato
da hora de parar
só vamos embora quando tudo terminar
eu vou te levar aonde você quer chegar
eu tenho a chave nada impede a vida acontecer
deixe-se acreditar
nada vai te acontecer
tudo pode ser
nada vai acontecer, não tema
esse é o reino da alegria"
MOMBOJÓ - Deixe-se Acreditar