sábado, 17 de maio de 2008

68 por 2008

Ler sobre a história do período considerado por muitos filósofos e historiadores como o mais importante do século XX dá vontade de pedir pra ter nascido um pouco mais cedo. Era Maio de 68. Tempos da rebeldia pretensiosa do rock and roll, da liberdade sexual, do movimento hippie, feminismo em alta. Era, de fato, tempos de mudança de contexto. Que começou na França, no governo do general Charlles de Gaulle, quando estudantes descontentes resolveram manifestar contra a estrutura acadêmica, os problemas políticos e sociais, contra o presidente Gaulle.
Os ideais libertários, posteriormente, expandiu-se para outros países, inclusive para o Brasil, aqui, estavámos a viver a ditadura. Foi a explosão da juventude que, apengando-se às idéias do movimento hippie, consideravam-se capazes de transformar o mundo. Pelo menos, conseguiram modernizar a moral e ajudar na luta pela igualdade entre os sexos. Pelo menos é modéstia transferida de quem leu algo a respeito e se sente lá...foi revolução!
As consequências de 68 estão aí. Mulheres usando calças, professoras universitárias, pensadoras, executivas de grandes empresas, presidente de nações... mulheres independentes. A liberdade se impõe, principalmente a sexual. Agora, mais do que nunca, os gays não sentem mais aquele terrorismo preconceituoso da sociedade. Os homens não têm aquele pensamento conservador tão rígido. Lógico que há exceções.
Lá, o sentido dos jovens, era contracultural, contra o sistema. Antes, nos anos 50, tivera o boom consumista nos EUA. Nos anos 60, os jovens tinham avesso ao consumismo.
Estamos há 40 anos desde então e, querendo ou não, são outros tempos. Me pergunto se a ideologia é alternada de tanto em tantos anos. O consumismo, hoje, é desenfreado. Você consome até sem querer. É prazer, cair em tentação..normal.
E as mulheres? ... Nesta geração, a prioridade é a carreira, da maioria. Porém, muitas vezes, não acho que elas priorizem isso por ideal. E sim porque, querendo ou não, estão em tempos de certa 'igualdade', tempos em que os homens não pensam em dá boa vida a ninguém, muito menos para a mulher que, talvez, quem sabe, possa constituir uma família. Muitas sonham com tempos antigos: mulher, casamento, filhos. A profissão, a liberdade, são forças das circunstâncias.
Para um amigo, estamos no caminho de voltar no tempo. Segundo ele, há muita liberdade. "Aonde será que vai parar? Tudo agora é normal", diria ele. Eu sempre respondo que é questão de costume.

3 comentários:

Anônimo disse...

Quando comecei a ler o seu texto, pensei justamente no que voce falou no final...as mulheres de hoje em dia pensam em suas carreiras profissionais justamente porque o mundo de hoje e muito liberal, o que, na minha opiniao, prejudica a vida pessoal: casar, ter filhos, enfim, constituir familias.
Eu sempre digo que tenho uma certa implicancia das feministas. Eu gostaria sim que os tempos mudassem. Que voltassemos no tempo.Claro que nao tao rigido quanto antes, mas o mundo de hoje realmente esta muito liberal, que da lugar a muitos problemas: maes solteiras, aids, e a doenca que vai atingir 80% da populacao: HPV.
P. mudarmos isso, temos que mudar o costume. Essas feministas...

Tatiana Ma Dourado disse...

Oi Carol!!!!!! É, eu não considero isso um problema, inclusive eu gosto e admiro o papel da mulher, a força, a coragem. As mulheres sempre massacradas, censuradas, manipuladas, enfim, dominadas. A sociedade era tão machista, tão repressora, hoje, realmente e finalmente, são novos tempos. Mas entendo que nada é de todo ruim, e que, algumas coisas, poderiam ser melhores. Mas não troco a liberdade que temos hoje, de poder decidir, com a certeza de família que se tinha no passado. As mulheres só podiam ler romances e imaginar como seria diferente sua vida...

Guigus disse...

até pq no mundo de hoje não dá mais pra apenas o homem trabalhar... a mulher é uma consumidora com desejos e necessidades nem sempre iguais aos dos homens e se ela não trabalhar não ganha aquele dinheirinho para gastar, para comprar o mundo. Consumir, consumir, consumir.