quarta-feira, 25 de junho de 2008

Rá, tá!

Agência Estado
Evangélicos, nesta quarta-feira, na porta do Congresso Nacional

"Evangélicos tentam impedir lei que crimiliza a homofobia", agora a pouco, manchete do Estadão(www.estadao.com.br/vidae/not_vid195747,0.htm). A notícia faz referência à tentativa de invasão do Congresso Nacional, por parte dos evangélicos militantes. A manifestação é mais uma tentativa de impedir a readaptação do Projeto de Lei 7.716/99 que, nos moldes atuais, acusa como crime discriminação por raça, cor, etnia, religião e nacionalidade. A idéia é acrescentar, na relação, também as atitudes homofóbicas. O projeto está em discussão na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, sem previsão de entrar na pauta de votações do plenário.

Os fiés argumentam que as reivindicações são recomendações da Bíblia, etc e tal. Que, assim como condenam o adultério, o fazem também com a orientação sexual. Como mentores da manifestação, eles mesmos, Marcelo Crivella, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus; e seu tio, fundador da entidade, Edir Macedo. A reivindicação principal é a falta de liberdade de culto, fé e opinião.

A guerra de versículos serve para sustentar interpretações contrárias. Não convence. Antes de ser um confronto de convicções religiosas, a alteração no projeto é luta pelo direito à vida. Frente a tantos casos recentes com explicações obscuras de atentatos homófobicos, como exemplo os sargentos assumidamente 'gays' presos em Brasília, o projeto deve vigorar para proteger.
Alguns dados mostram o quão é indispensável. No Brasil, a cada três dias, um homossexual é morto, segundo o Grupo Gay da Bahia. Em 2007, a Bahia conseguiu a proeza de ser o estado mais violento no mesmo crime. E o Nordeste, mais uma vez ganha o pódio de região de maior perigo para os homossexuais.

Criminalizar ofensores não é dissipar a homossexualidade. Pensar assim, soa a ignorância. Despejar asneiras peconceituosas dizendo ser mando de Deus é exploração. Lutar pela liberdade de humilhar o próximo como pecador, é sentir-se santo, livre de ser atingido por qualquer pedra. Prezo para que as oportunidades sejam cada vez mais expandidas a todos para livrar-nos de tais manipulações.

Mas,tudo bem. Para tudo, há explicações:

“Daqui a pouco vão fazer sexo debaixo das nossas janelas e não poderemos dizer nada, porque será discriminação, será crime”, protestou o senador e pastor Magno Malta (PR-ES.

"Os homossexuais também têm de aprender a lidar com a diferença de pensamento e opinião. O Estado não pode se meter na religião. Caso esse projeto vire lei, o pastor homossexual não vai poder ser demitido. Os professores dos institutos bíblicos e das escolas dominicais também não, porque têm vínculo empregatício”, Marcelo Crivella (PRB-RJ)

"Infelizmente alguns religiosos utilizam discurso político para tentar ludibriar as pessoas crentes e tementes a Deus. Há que se observar aí mais uma postura de intolerância, pois em qualquer religião há diversidade dos seres humanos", Fátima Cleide (PT-RO), relatora do projeto.

“Estão criando fatos para convencer a todos de que queremos criar uma lei da mordaça. Não é verdade”, coordenador-executivo da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Igo Martini.

"Nada foi descartado. Estamos em fase de conversação e queremos continuar conversando", Ivair Augusto dos Santos, assessor da Secretaria Especial de Direitos Humanos.
Vamos ver o que é que dá!

Fontes de Pesquisa:
www.congressoemfoco.ig.com.br/Noticia.aspx?id=19542
www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u416125.shtml
www.adiberj.org/modules/news/article.php?storyid=687

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