segunda-feira, 30 de junho de 2008

Para quem precisa...um bom estímulo...


Circular: “Que conselhos você daria para alguém que está começando no jornalismo?
Pompeu - 1) Abandonar imediatamente a profissão e escolher outra. 2) Se não for possível isso, procurar se estabelecer por conta própria na internet, com patrocínio próprio que não interfira na sua independência. 3) Se isso também não foi possível, procurar manter a dignidade profissional e preparar-se para uma vida de sacrifícios.” (Renato Pompeu, em entrevista a Ana Luiza Moulatlet)

Encontrado no Blog: Desculpe a Poeira

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Rá, tá!

Agência Estado
Evangélicos, nesta quarta-feira, na porta do Congresso Nacional

"Evangélicos tentam impedir lei que crimiliza a homofobia", agora a pouco, manchete do Estadão(www.estadao.com.br/vidae/not_vid195747,0.htm). A notícia faz referência à tentativa de invasão do Congresso Nacional, por parte dos evangélicos militantes. A manifestação é mais uma tentativa de impedir a readaptação do Projeto de Lei 7.716/99 que, nos moldes atuais, acusa como crime discriminação por raça, cor, etnia, religião e nacionalidade. A idéia é acrescentar, na relação, também as atitudes homofóbicas. O projeto está em discussão na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, sem previsão de entrar na pauta de votações do plenário.

Os fiés argumentam que as reivindicações são recomendações da Bíblia, etc e tal. Que, assim como condenam o adultério, o fazem também com a orientação sexual. Como mentores da manifestação, eles mesmos, Marcelo Crivella, bispo da Igreja Universal do Reino de Deus; e seu tio, fundador da entidade, Edir Macedo. A reivindicação principal é a falta de liberdade de culto, fé e opinião.

A guerra de versículos serve para sustentar interpretações contrárias. Não convence. Antes de ser um confronto de convicções religiosas, a alteração no projeto é luta pelo direito à vida. Frente a tantos casos recentes com explicações obscuras de atentatos homófobicos, como exemplo os sargentos assumidamente 'gays' presos em Brasília, o projeto deve vigorar para proteger.
Alguns dados mostram o quão é indispensável. No Brasil, a cada três dias, um homossexual é morto, segundo o Grupo Gay da Bahia. Em 2007, a Bahia conseguiu a proeza de ser o estado mais violento no mesmo crime. E o Nordeste, mais uma vez ganha o pódio de região de maior perigo para os homossexuais.

Criminalizar ofensores não é dissipar a homossexualidade. Pensar assim, soa a ignorância. Despejar asneiras peconceituosas dizendo ser mando de Deus é exploração. Lutar pela liberdade de humilhar o próximo como pecador, é sentir-se santo, livre de ser atingido por qualquer pedra. Prezo para que as oportunidades sejam cada vez mais expandidas a todos para livrar-nos de tais manipulações.

Mas,tudo bem. Para tudo, há explicações:

“Daqui a pouco vão fazer sexo debaixo das nossas janelas e não poderemos dizer nada, porque será discriminação, será crime”, protestou o senador e pastor Magno Malta (PR-ES.

"Os homossexuais também têm de aprender a lidar com a diferença de pensamento e opinião. O Estado não pode se meter na religião. Caso esse projeto vire lei, o pastor homossexual não vai poder ser demitido. Os professores dos institutos bíblicos e das escolas dominicais também não, porque têm vínculo empregatício”, Marcelo Crivella (PRB-RJ)

"Infelizmente alguns religiosos utilizam discurso político para tentar ludibriar as pessoas crentes e tementes a Deus. Há que se observar aí mais uma postura de intolerância, pois em qualquer religião há diversidade dos seres humanos", Fátima Cleide (PT-RO), relatora do projeto.

“Estão criando fatos para convencer a todos de que queremos criar uma lei da mordaça. Não é verdade”, coordenador-executivo da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Igo Martini.

"Nada foi descartado. Estamos em fase de conversação e queremos continuar conversando", Ivair Augusto dos Santos, assessor da Secretaria Especial de Direitos Humanos.
Vamos ver o que é que dá!

Fontes de Pesquisa:
www.congressoemfoco.ig.com.br/Noticia.aspx?id=19542
www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u416125.shtml
www.adiberj.org/modules/news/article.php?storyid=687

sexta-feira, 20 de junho de 2008

O Vilarejo de Marisa Monte

Você gosta de um cantor, escuta várias de suas músicas, mas, sempre tem aquela que você vai fica triste quando está terminando, e a recomeça, inúmeras vezes. Assim, ainda, acontece com Vilarejo, música do albúm Infinito Particular, da cantora Marisa Monte. Foi o primeiro 'single' do cd. Hoje, na tentativa de mais uma vez escutá-la, resolvi o fazer por outros meios, e recorri ao amigo Youtube. Me surpreendi. Ou seja, mais uma vez, adorei. Confesso que me atrasei. A melodia, tão bucólica, lírica,clássica, nas minhas interpretações, só me fazia pensar em cenários como fazendas, campos e afins. Um tanto óbvio, mas faz parte. Sempre me dava serenidade e, ao mesmo tempo, força. É daquelas canções que faz bem para alma. O clipe, de técnica simplória, porém, de impacto forte, contextualiza e complementa, a partir de imagens de noticiários de jornais.
Marisa é Marisa porque sempre vai além.


Bons festejos juninos!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Propósitos inversos

Tem escritor, tem escritor-jornalista e tem jornalista-jornalista. Escrever, de fato, é habilidade. Mas, toda habilidade pode ser desenvolvida e aprimorada. Em qualquer circunstância, a prática só vem para acrescentar. O que indigna é presentificar esta justificativa como argumento para não obrigatoriedade do diploma para jornalistas. E pior, proferido por quem está em formação para atuar na bendita profissão (adoro o dito cujo, mas tenho direito de me revoltar).

Na melhor das hipóteses, é incompreensível. Se apenas saber escrever for sinônimo de credibilidade, vamos consumir os vômitos despejados por Diogo Mainardi ou Arnaldo Jarbor sem pestanejar. Para o devido crédito, o jornalista se baseia em princípios, que é acompanhado de técnicas. Como descartar a capacitação de profissionais que lidam com o poder da política, com investigação, com polícia, situações imprevistas, e constante pressão? Como abolir toda a base teórica de quem está em contato intenso e diário com o ser-humano?

Descartar a importância do diploma é desmerecer as teorias da comunicação, do jornalismo, a semiótica, a antropologia, a sociologia, as pesquisas científicas, a filosofia. É esquecer a história. O legado serve de estudo, e o estudo é aprendizado, compreensão e análise.

Sei que na teoria as coisas são simplificadas. Mas, quem passou quatro anos em curso, tem que defender seu espaço que é de direito. Uma profissão, que dizem ser o quarto poder, não deve ser tão fácil assim. A ética é um princípio nato, mas também pode ser apreendido. E o jornalismo, bem antes do status e do jogo de interesses, significa responsabilidade social. Então, não basta apenas saber escrever.

No primeiro semestre, quando aprendemos quais as funções do jornalista, uma delas, particulamente, me apavorou. Se você não reconhece o que pode ser notícia, você não possui o 'faro jornalístico'. Parece besteira, mas ir atrás de pauta requer sensibilidade, é olhar para os lados, duvidar do que vê para tentar compreender. Desprezar os preconceitos para conhecer o que está em nossa volta. É agir para melhorar, denunciar, tranformar. Aprendemos a importância fundamental da apuração. E que histórias não possuem apenas dois lados! Desmitificar a objetividade ao perceber que não existem fatos, mas versões da realidade.

A tendência deveria ser evoluir, não regredir. As irresponsabilidades jornalísticas podem ser irreversíveis, vide tantos exemplos. Por isso, não entendo a falta de união numa luta que deveria ser conjunta.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Curta o Curta: Gagged in Brazil

O documentário, produzido pelo brasileiro Daniel Florêncio, para a Current TV, mostra parte da 'realidade' controlada pelas empresas midiáticas brasileiras. No caso, as interferências do governo de Minas Gerais, presentificada pelo governador Aécio Neves, na Rede Globo e no Estado de Minas, maior jornal do Estado. O video já foi transmitido na Inglaterra e nos EUA. Em maio, estreou no Reino Unido e na Irlanda. No Brasil, é logico, só mesmo no Youtube. Vale a pena divulgar!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Uma saída, por favor.

"A política como um fim em si mesmo". Desde sempre, mais do que nunca. No Brasil, talvez no mundo, talvez pra sempre. Revivendo o passado do Saia Justa, ouvi esta frase de Soninha Francine, 40 anos, hoje vereadora de São Paulo pelo PPS. O bem comum, o bem estar social, o direito de todos, não deveria precisar ser cobrado. O fim, a finalidade que a política tem como objetivo maior, caminha há tempos em disparada num sentido avesso, contrário, inconsequente. O irreversível não se pode prever. O fim é a politicagem da política. Inclusive, por favor, num sentido geral. Principalmente, passado.

Aliás, também presente. Os próximos capítulos estão por vir. E surpreende: Varela desistiu (?) de se candidatar a prefeito de Salvador; "Serei um ajudante de pedreiro na construção, não sei se subirei no palanque”, declaração retirada do A Tarde Online. Apoiará ACM Neto (DEM), que terá, como vice, o bispo Marinho (PR). Aff, que mistura! Imaginem juntos: TV Bahia, TV Itapoan, os oito partidos da coligação, 5 minutos de propaganda eleitoral, Igreja Universal do Reino de Deus, com 'pitacos' decisivos do senador Marcelo Crivela(PRB) e Vareraaaaaa!!! Glória Deus, Aleluia, Saravá! Algo ainda surpreende? Êpa, esqueçi de citar o Correio da Bahia... Ah, vocês entendem...
É...a política é o fim! Infelizmente, dói, mas é assim. Retomando o raciocínio de Soninha...Os cidadãos que lá estão com boas intenções têm duas saídas: ou viram produto do meio, ou são rapidamente expelidos do sistema. E, o primeiro caminho, é o mais prazeroso. A carne é fraca, a tentação é grande, o sistema já é consolidado, as soluções são sempre arranjadas. Se corrompem por poder, e o poder, a cada dia, mais os corrompem. No fim, a pizza está sempre lá, pronta pra matar a fome. Vide episódio recente da CPI dos Cartões Corpoorativos.
** Enjoei das 'bolotas', mudei o visual. rs