quarta-feira, 28 de maio de 2008

Pejorativo Acostumar

Eu tendo à reflexão, mas não pretendo no futuro escrever um livro de auto ajuda, não se preocupem. Acho importante para o auto-conhecimento e, portanto, para simplificar de vida. Tinha esperança de no Google(é lógico!) encontrar algum trabalho acadêmico ou algum artigo contextualizado que abordasse o tema: acostumar-se. Em algum canto do mundo deve ter algum projeto de pesquisa de algum curso de psicologia sobre o assunto, não é possível. Não queria me basear nas minhas teorias infundadas mas, pelo visto, assim será.

Para mim, tudo é questão de costume. Esse pensamento, hoje, se faz tão firme na minha vida que, quando estou em alguma situação adversa à minha vontade, penso que é só desacostumar. É simples, não dá trabalho. Os pensamentos reticentes se presentificam naqueles que não estão dispostos a encarar as transformações da realidade. Estes, terão que se acostumar na 'tora' com as mudanças, muitas vezes radicais. Você não entende porque um objeto tão pesado, para uns, normalmente se faz carregável. É o costume que o torna leve. Os exemplos são dos mais variados.

"A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer", disse Clarice Lispector, em seu texto Acostumar-se. É a ilusão, o comodismo, a preguiça... "Eu sei que a gente se acostuma, mas não devia", está no texto. Clarisse fala das situações costumeiras do dia a dia, da poluição ao consumismo, e diz que nos acostumamos até "ao choque que os olhos levam ao ver a luz natural", o que me lembra o Mito da Caverna, descrito pelo filósofo Platão no seu livro A República. O mito serve de exemplificação de como podemos, através da luz da verdade, nos libertar da escuridão.

A analogia, por coincidência, tem tudo a ver. O texto descreve a condição de pessoas que se acostumaram a viver dentro de uma caverna acorrentados de costas para a entrada. A única percepção era a existência das sombras, que julgavam ser a realidade. Um único homem, curioso, duvidoso do que via, conseguiu quebrar os ferros, enfrentou obstáculos, e descobriu que as sombras eram feitas de homens como eles, e ainda, que existia toda natureza.

É o desapego das crenças, da realidade oferecida, do senso comum. Uma comparação usual é que o prisioneiro fugitivo faz o papel do filosófo, naquela busca incessante pela útopica verdade que os movem. Porém, qualquer desacostumado tende a filósofo, mesmo que amador.

Diálogo do Mito da caverna entre Socrátes e Glauco.

{Sócrates - Terá, creio eu, necessidade de se habituar a ver os objetos da região superior. Começará por distinguir mais facilmente as sombras; em seguida, as imagens dos homens e dos outros objetos que se refletem nas águas; por último, os próprios objetos. Depois disso, poderá, enfrentando a claridade dos astros e da Lua, contemplar mais facilmente, durante a noite, os corpos celestes e o próprio céu do que, durante o dia, o Sol e sua luz.
Glauco - Sem dúvida.
Sócrates - Por fim, suponho eu, será o sol, e não as suas imagens refletidas nas águas ou em qualquer outra coisa, mas o próprio Sol, no seu verdadeiro lugar, que poderá ver e contemplar tal qual é.
Glauco - Necessariamente.
Sócrates - Depois disso, poderá concluir, a respeito do Sol, que é ele que faz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível e que, de certa maneira, é a causa de tudo o que ele via com os seus companheiros, na caverna.
Glauco - É evidente que chegará a essa conclusão.
Sócrates - Ora, lembrando-se de sua primeira morada, da sabedoria que aí se professa e daqueles que foram seus companheiros de cativeiro, não achas que se alegrará com a mudança e lamentará os que lá ficaram?
Glauco - Sim, com certeza Sócrates. }

O que lamentei não ter embasamento, até que teve, e dos bons. Talvez tentar se acostumar seria basear-se mais nos aspectos racionais da vida, como disse num dos primeiros post deste blog. E, mesmo que pareça descrente, não é. É viver de forma empírica e duvidar até mesmo do que parece ser sincero. A gente se engana com o que nos parece angelical ou infernal, não têm regras ... "...mas a dúvida é o preço da pureza, e é inútil ter certeza", está nas melodias de Infinita Highway escrita por Humberto Gessinger.

Finalizo com o fim do texto da escritora Clarice Lispector. "A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta e se gasta de tanto se acostumar, e se perde em si mesma".

Não, não dá para terminar com esse fim.

domingo, 25 de maio de 2008

(...) ... (...)

Uma folha em branco, vontade de escrever. Frases curtas, comum.
Sem motivos nem porquês. É só vontade.

Descarga.




Sobre sinônimos...

"Esses que pensam que existem sinônimos, desconfio que não sabem distinguir as diferentes nuanças de uma cor".
Mario Quintana

Ok, Ok, Ok...

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Muita comida, sem indigestão.



Direto ao assunto: assistam Estômago, o filme.


"Na vida há os que devoram e os que são devorados". Assim começa a sinopse. O filme conta a história de Raimundo Nonato, um retirante nordestino que vai para o sul, e, em meio aos contratempos, no acaso das adversidades e, (mais do mesmo), por força do destino; descobre o talento de cozinhar.


E é esse talento que permeia as situações da narrativa. É por causa dessa descoberta que Nonato consegue um bom emprego e a mulher a qual se apaixona, a prostituta Iria. Também é por causa do saber cozinhar que Nonato é alguém na prisão. Sim, o filme retrata, ao mesmo tempo, dois momentos de Nonato, antes e durante a prisão. Os porques vocês saberão assistindo. E, através do seu dom, é explorado com prazeres. Dá o que comer, mas também quer sua parte. Nem que seja o beliche do topo no xadrez.


Estômago é dirigido pelo pernambucano Marcos Jorge. Antes do filme, o ator já é o atrativo, João Miguel (O céu de Suelu; Cinema, aspirinas e urubus; Cidade Baixa, etc). E o melhor, em Estômago, as atenções estão nele concentradas. Ele merecia. (PS: Soube que ele vai encenar o presidente Lula, num filme que conta sua história de vida. É lógico que vou gostar dele mais ainda. Quem me conhece, sabe. rs)No elenco, também estão Babu Santana e Paulo Miklos.
Estômago é deboche, comédia sarcástica, comédia comédia. Faz críticas à situação carcerária, ao comportamento humano, tudo de forma espontânea e sútil, o que, na minha opinião, garante ares de realidade num filme de ficção. É a normalidade das situações claramente obscuras do país. Inclusive o nojento preconceito com nós, nordestinos, ops, paraíbas.


Sim,ajudem a elevar as bilheterias do cinema nacional assistindo um filme que realmente vale o preço do ingresso.
Estômago, o filme.
http://www.estomagoofilme.com.br/



sábado, 17 de maio de 2008

68 por 2008

Ler sobre a história do período considerado por muitos filósofos e historiadores como o mais importante do século XX dá vontade de pedir pra ter nascido um pouco mais cedo. Era Maio de 68. Tempos da rebeldia pretensiosa do rock and roll, da liberdade sexual, do movimento hippie, feminismo em alta. Era, de fato, tempos de mudança de contexto. Que começou na França, no governo do general Charlles de Gaulle, quando estudantes descontentes resolveram manifestar contra a estrutura acadêmica, os problemas políticos e sociais, contra o presidente Gaulle.
Os ideais libertários, posteriormente, expandiu-se para outros países, inclusive para o Brasil, aqui, estavámos a viver a ditadura. Foi a explosão da juventude que, apengando-se às idéias do movimento hippie, consideravam-se capazes de transformar o mundo. Pelo menos, conseguiram modernizar a moral e ajudar na luta pela igualdade entre os sexos. Pelo menos é modéstia transferida de quem leu algo a respeito e se sente lá...foi revolução!
As consequências de 68 estão aí. Mulheres usando calças, professoras universitárias, pensadoras, executivas de grandes empresas, presidente de nações... mulheres independentes. A liberdade se impõe, principalmente a sexual. Agora, mais do que nunca, os gays não sentem mais aquele terrorismo preconceituoso da sociedade. Os homens não têm aquele pensamento conservador tão rígido. Lógico que há exceções.
Lá, o sentido dos jovens, era contracultural, contra o sistema. Antes, nos anos 50, tivera o boom consumista nos EUA. Nos anos 60, os jovens tinham avesso ao consumismo.
Estamos há 40 anos desde então e, querendo ou não, são outros tempos. Me pergunto se a ideologia é alternada de tanto em tantos anos. O consumismo, hoje, é desenfreado. Você consome até sem querer. É prazer, cair em tentação..normal.
E as mulheres? ... Nesta geração, a prioridade é a carreira, da maioria. Porém, muitas vezes, não acho que elas priorizem isso por ideal. E sim porque, querendo ou não, estão em tempos de certa 'igualdade', tempos em que os homens não pensam em dá boa vida a ninguém, muito menos para a mulher que, talvez, quem sabe, possa constituir uma família. Muitas sonham com tempos antigos: mulher, casamento, filhos. A profissão, a liberdade, são forças das circunstâncias.
Para um amigo, estamos no caminho de voltar no tempo. Segundo ele, há muita liberdade. "Aonde será que vai parar? Tudo agora é normal", diria ele. Eu sempre respondo que é questão de costume.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

sequências e consequências

Estar satisfeita, sempre o mais difícil.
Muitas vezes, é até ingrato e egoísta.
Mas, c'est la vie! Não tem como não ser.

Incrivelmente, é o que move.




PS: Estou vendo o Jornal Nacional, e o CASO ISABELA ainda 'pentelha' meu ouvido! Os critérios de noticiabilidade colocaram ele no ar, ok. Mas, quais são os critérios que irão tirá-lo?
As pautas clamam por tregédia, urgente! Só assim...



"...um chá pra curar essa azia...um bom chá pra curar essa azia..."

sexta-feira, 9 de maio de 2008

"O mundo é BÃO, Sebastião..."

O mundo é louco, e por isso é mundo. Recentes episódios inacreditáveis sustentam esta idéia. Nos últimos tempos, casos toscos estão na boca de nós, povo. Pai como suspeito de matar filha, outro trancafia e violenta filha durante 24 anos, o fenômeno libera seus instintos. O mundo é assim.

Claro que todos são notícias, todos são extraordinários. Alguns, de tão surreais, dariam um bom roteiro de filme de terror. Porém, o jornalismo pula a barreira do limite da notícia e transforma cada caso num novo escândalo. E é o tal escândalo que se presentifica na conversa de todos. Mas, que escândalo é esse?

***
Por exemplo....Só por que Ronaldo é o fenômeno, não pode sair com travesti? Só por que é fenômeno não pode 'pegar' a traveca da rua, tem sempre que encarar as belezas estonteantes? Não pode ir num motel de quinta porque é cheio da 'bufunfa'?
Mas, ele é o que vende?

É mais lucrativo ter um personagem a ser quem é. Admitir pensamentos, desejos. Com contratos milionários não se brinca. Compreensivo, mas questionador. Pedir desculpas para a sociedade por ter liberado seu lado B? Ele, por acaso, perdeu algum pênalti? Enfim...

(Romário, definitivamente, só tem um).

***
O mais midiático, o caso Isabela. Um crime brutal, incoerente, até inadimissível. Realmente. O pai e a madrasta são os principais suspeitos. Como explicar? Porém, o limite é sempre preciso. Principalmente para uma exímia investigação. São tantos os detalhes, dúvidas e mistérios.Foram tantos os erros, precipitações e, pior, as não-precipitações. A cada dia, a polícia é obrigada a dar uma resposta para a sociedade, que está ávida, revoltada, indignada.

Como não? Se a cobertura alimenta a curiosidade dos brasileiros desocupados? Curiosidade mórbida, que pauta a imprensa, que a-d-o-r-a aumentar a audiência ou tiragem do jornal/revista, mesmo pecando na responsabilidade, mesmo se degredando com o sensacionalismo. É quase uma novela, porém, mais intensa e cansativa. Soube que a transmissão do jogo do São Paulo x Nacional, ao vivo, na Rede Globo, foi invadida para mostrar o casal sendo preso. Nesse intervalo, Ó o gol de Adriano.

Ahhhhhh se fosse a torcida do Corinthias...

***
Enquanto isso, nada mudou. Crimes hediondos, e tantos outros, continuam. Para os que pretendem praticar coisa parecida (não levem isso em consideração!), só por gostarem de chamar atenção, esses terão que se esforçar! Com tanto monopólio, os outros crimes cotidianos, hoje, nem espaço tem. Só se, por acaso, surgir algum macabramente pior ou se, quem sabe, os envolvidos fossem famosos, sei lá...

Ah, e Ronaldo, se quiser, continuará a repetir sua aventura. Logicamente, da próxima, tomará mais cuidado. Quem sabe contratará um assessor para os momentos de carência e loucura...trauma é trauma!

A imprensa, sem deixar de noticiar e acompanhar o desenrolar dos fatos, deveria rever conceitos, relembrar fatos passados e se auto-conscientizar.

*Obs: Tudo bem que eu falo de fora. Mas não deixo de teorizar conselhos quando é preciso.

***

"O que será que será(...)

O que não tem certeza nem nunca terá
O que não tem conserto nem nunca terá
O que não tem tamanho
(...)
O que não tem decência nem nunca terá
O que não tem censura nem nunca terá
O que não faz sentido
(...)
O que não tem governo nem nunca terá
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem juízo"

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Da declaração à situação...cadê a SOLUÇÃO?

Parece que a experiência hoje em dia não faz tanta diferença. No último 18 de fevereiro, o curso de medicina da Universidade Federal da Bahia completou seu bicentenário. São 200 anos. Envelhecer traz rugas...leva às doenças...e nos traz àquela nossa única certeza. Porém, com meu clichê sempre usual, estamos em 'tempos modernos' e, são inúmeros os mecanismos para dar aquela recauxutada na estética e previnir os prováveis sinais do tempo.
Mas, vai ver, a FMB (Faculdade de Menicina da Bahia) não tem recursos, ou iniciativa, ou quem sabe sorte. Os sintomas estão graves, quase irreversíveis. A infra-estrutura, principalmente do Hospital Universitário Professor Edgard Santos e do Hospital das Clínicas, disponibilizados para o internato supervisionado, não suporta a demanda e pede socorro, urgente! O resultado decadente no ENADE é o laudo médico.
Os estudantes boicotaram o Enade, tá certo. Justifica o resultado. Porém, talvez também tenha sido uma reinvindicação alternativa. Duas, aliás: tanto em relação à estrutura universitária local, quanto ao próprio método de avaliação no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes.
Mais do que o motivo, o que repercutiu foi o discurso do então coordenador do curso, Antonio Dantas, de 69 anos. Sua declaração, nua e crua, é preconceituosa e, acima de todos os preconceitos, é racista. Dantas, em entrevista concedida para a Band FM, considera que a Bahia, apesar da riqueza da beleza natural, não possui desenvolvimento intelectual e tecnológico, por conta das influências culturais. Faz comparações com outras cidades do sudeste e sul do país, que conviveram com imigrações japonesa, alemã, italiana, etc...Por isso, segundo ele, lá, a realidade é crescente, não é 'estagnada', como aqui.
A liberdade de expressão é passiva às confrotações, evidente. Desmerecendo todos os contextos, um gestor de programa de formação deve ter a intenção de lutar contra todas e quisquer deficiências. No estágio da sua vida, a mágoa de ter nascido num estado com fortíssimas influências africanas já deveria ter sido trabalhada. Daqui, ele não foi proibido de sair.
Tenho uma amiga que, por cinco anos, tentou adentrar no curso de medicina aqui na Bahia. Quase um carma. Tentou todas as possibilidades. Não passou, desistiu da terra natal. Deixou família e namorado para se aventurar no mesmo curso, agora já na Faculdade de Medicina de Petrópolis, RJ, também tradicional. Passou. Como ela, existem trilhares de outras(os) útopicas insistentes, no ótimo sentido. O porém é que nem todos têm a oportunidade de poder se manter em outras regiões. E, quais as soluções para os problemas da FMB? Reduzir o número de vagas?
Pois é essa a sugestão dos integrantes da congregação da FMB, em conferência realizada ontem, dia 6, na faculdade de medicina, em combate às “gravíssimas deficiências do curso médico - decorrentes, em especial, das carências observadas no Hospital Universitário”, segundo site oficial. Dos 175 cursos de medicina do país, 17 tiveram baixo desempenho. Dentre elas, quatro são universidades federais. Quatro não é maioria. Alguma solução há de ter. Melhoria nas instalações, novos professores, o que for. A professora Helenemarie Shaer Barbosa, nesta mesma reunião, foi nomeada pelo diretor da unidade, José Tavares Nato, para assumir o cargo da cordenação. Agora é aguardar.
Se a redução de vagas for mesmo solução emergencial, eu não sei sonhadores, desistam de sonhar. O que era quase impossível, se tornará inimaginável. Não acho que seja exagero.
Também não quero ser cruel.

sábado, 3 de maio de 2008

Paradoxos mundanos

Estereótipo, rótulo, estigma. Até que ponto as classificações são verdades? Como quebrar paradigmas? Como contribuir para a modernização da moral? Como estar isenta de praticar tais atos? Por que não se pode julgar? Até que ponto podemos julgar? Como estar certo de algo? Como não duvidar da certeza?
Eu duvido da certeza. Por isso, não gosto de esteriótipos. Não gosto quando me sinto esteriotipada, o que tantas vezes me aconteceu, aliás, acontece. Não gosto de esteriotipar, apesar de o fazer, até conscientemente. É aquela idéia paradoxal.
O ser humano é tão complexo para poder ser classificado!
Mas, quem sabe as rotulações possam ser explicadas?
Bem, talvez seja pelo simples fato das pessoas não procurarem se conhecerem. Pelas relações interpessoais puramente superficiais. Talvez seja também por outro motivo, pórém consequente, que são as não percepções das mudanças pessoais. Outro talvez, também colaborador da cultura do esteriótipo: o julgamento das atitudes e não do caráter. O que é, também, consequência.
Semestre passado, eu e Tati Porto, parceira e amiga, colocamos em prática nosso trabalho de conclusão de curso, um documentário. A proposta é a esse raciocínio. Tentamos humanizar a figura da garota de programa, retratá-las como mulheres, como nós, com suas semelhanças e diferenças. Para sustentar essa idéia teórica, na prática priorizamos os aspectos pessoais ao invés dos profissionais. No projeto, defendemos a causa da prostituição voluntária.
Ainda assim, será que estamos livres de pre-conceitos?
Os estigmas são culturais, formulados para regrar a sociedade, moldar um povo, estabelecer padrões, que devem ser seguidos. É impor moral...a relativa moral! A situação hoje se modifica (??) Tempos atrás, as normas eram estabelecidas pelo alto escalão da sociedade, principalmente a igreja, que ditava o que era certo e errado. Agora, há mais liberdade. Você tem sua 'filosofia' de vida e pode expô-la se quiser. Você tem o direito de reinvindicar causas, formar associações...pode gritar, escrever, falar. Pode ser taxado também, mas agora você não dá mais tanta importância.
Hoje, quem impõe padrões?
Acho que o espaço foi ampliado. Os políticos ditam regras, fazem leis. A televisão faz o mesmo, estabelece padrões. A imprensa, pauta o que se deve discutir (o caso Isabela é o exemplo "vivo"). Aí chegam os artistas para quebrar os tais conceitos, para o bem ou para o mal! Tá certo, eles sempre existiram. A arte sempre contra-ataca o que é esteriotipado. Arte é arte.
E as igreja, religiões, e afins? O tempo passa e a realidade só dá uma repaginada. Elas continuam com o poder, porém, mais implícito. Melhor dizer, camuflado. A manipulação continua. Novas religiões, novos fiéis, novos esteriótipos, novos paradigmas. A proliferação das igrejas evangélicas é cada vez mais potencializada. A verdade absoluta cada vez mais dissipada. Regras seguidas com fervor. Opiniões imbátives. A Record, o novo império. Cheio da grana. O poder, o poder, o poder!

Verdades absolutas são sempre preconceituosas. Num mundo de tantas culturas, realidades, ideias e ideais, não dá para ser tão fundamentalista. Poderia até aceitar, já que cada um tem livre arbítrio, mas ainda sou cidadã desse mundo e me incomodo. Para quem começou falando de julgamentos, eu acabei super bem.